“De todos os que escreveram no calor da hora sobre os acontecimentos de 68, só Morin estava certo: Vão ser precisos anos e anos para se entender o que se passou.
Já se passaram 20 anos, e 68 continua a ser uma obra aberta, para citar uma categoria então na moda. Aliás, o seu criador, Umberto Eco, foi quem recentemente forneceu a melhor pista para se aproximar daquele ano-chave: Podese processá-lo, analisá-lo, condená-lo, mas não cancelá-lo como um fenômeno de loucura.”
(AVENTURA, Zuenir. 1968. O ano que não terminou. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1988. p.13-14.)
Entre os acontecimentos de 1968, que completam neste ano 40 anos, pode-se destacar:A a Primavera de Praga. Na Tchecoslováquia, estudantes e intelectuais se unem em torno da liberdade econômica e política (pluralismo partidário e completo desligamento da União Soviética), derrubando o governo comunista e aliando-se aos EUA.
B a Revolução Cubana. Jovens liderados por Fidel Castro derrubaram a ditadura de Fulgêncio Batista e o país, antes repleto de cassinos, de casas de prostituição, de hotéis de luxo e de latifúndios de tabaco e cana-de-açúcar se transformou na presença comunista na América.
C as Barricadas de Paris. Estudantes franceses se revoltaram contra a estrutura ultrapassada do ensino, tomando as ruas com barricadas, as chamadas “barricadas do desejo”.
D a Revolução Cultural na China. Jovens estudantes criticaram o autoritarismo dos professores e o isolamento das universidades, e passaram a usar o Livro Vermelho, as citações de Mao como guia cultural pregando a liberdade sexual e a religiosa, entre outras.
E a Guerra do Vietnã. Tropas americanas, repletas de jovens, lutaram contra o avanço comunista do Vietnã do Norte liderado pelo presidente Ho Chi Minh contra o Vietnã do Sul; esta guerra resultou na maior vitória americana no século XX.
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